Outra coisa bastante estranha for o piloto Timo Glock dizer que só depois que chegou aos boxes ficou sabendo do ocorrido. Mas ele, Timo Glock, foi o primeiro a parabenizar Lewis Hamilton logo após sair do carro, estando os dois ainda de capacete sem terem chegado aos boxes e falado com ninguém. Se tivesse ficado sabendo pelo rádio, porque mentiu na entrevista?
Na penúltima volta, sob as mesmas condições de pistas os tempos entre Hamilton e Glock variaram apenas 1 s, sendo que na última volta, Hamilton conseguiu fazer quase 19 s a mais que Glock...
E vamos convir, brasileirismos a parte, todos sabemos que a fórmula 1 é um grande negócio. Milhões de dólares rolam pelos corredores. A categoria perdeu todo o glamour quando foi exposto o caso de espionagem da Mclaren com ex-funcionários da Ferrari. Essa foi possivelmente uma das poucas armações existentes que vieram a público. Depois disso, todos tem margem para desconfiar da idoneidade de todos que participam da categoria.
Sabemos que isso vai terminar assim mesmo. Nunca vamos ter uma resposta definitiva. Nos resta torcer para que no ano que vem a Ferrari seja mais competente e não permita que suspeitas como essa contra a Mclaren possam definir o campeonato, e voltarmos a ter um piloto como campeão da categoria mais importante do automobilismo.
No site português "maisfutebol" encontramos uma entrevista com Glock que ironiza a torcida brasileira, acompanhe a matéria na íntegra:
Timo Glock foi protagonista inesperado da decisão do título mundial de Fórmula 1. O piloto alemão da Toyota foi ultrapassado por Lewis Hamilton na última curva, o que permitiu ao britânico cortar a meta no quinto lugar e sagrar-se campeão do Mundo, quando a Ferrari já festejava a conquista de Felipe Massa, que venceu o Grande Prémio do Brasil. Glock atribui a sua performance no final à decisão de não ter mudado para pneus de chuva e defende que não foi ele quem deu o título a Hamilton.
«Tentei o meu melhor para conseguir alguns pontos para a Toyota. A seis voltas do fim perguntei sobre a situação dos pneus e das condições meteorológicas. Fui sempre dizendo: «Aguento, mais uma volta, mais uma volta.» No fim, aguentei o resto da corrida», conta Glock à BBC.
«Aquela última volta custou-nos a oportunidade de estar entre os cinco primeiros, e acabou por decidir o campeonato. Mas acho que no fim de contas não dei o título ao Lewis. Eles trabalharam para isso todo o ano, e o Felipe também», prossegue o alemão.
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