segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Jornal "AS" da Espanha diz que houve armação da Toyota para favorecer Hamilton

De acordo com o jornal espanhol "AS", a ultrapassagem do inglês Lewis Hamilton sobre o alemão Timo Glock, na penúltima curva do GP Brasil, pode não ter acontecido de forma limpa. A manobra garantiu o quinto lugar na prova e o título mundial do piloto da McLaren, em Interlagos.O diário espanhol diz que "na volta anterior, com os mesmo compostos, (Glock) foi apenas três segundos mais lento do que a STR e a McLaren". E também questiona: "Timo Glock foi ultrapassado ou houve um acordo entre as escuderias antes da corrida?". A publicação também afirma que "foi curioso o fato de Jarno Trulli (também da Toyota) ter feito exatamente o mesmo tempo de Glock, 1m44s, na última volta. Como se desde os boxes tivessem freado os motores na mesma etapa final para evitar possíveis suspeitas". O piloto da McLaren terminou a temporada com apenas um ponto de vantagem sobre o brasileiro Felipe Massa, da Ferrari.

Outra coisa bastante estranha for o piloto Timo Glock dizer que só depois que chegou aos boxes ficou sabendo do ocorrido. Mas ele, Timo Glock, foi o primeiro a parabenizar Lewis Hamilton logo após sair do carro, estando os dois ainda de capacete sem terem chegado aos boxes e falado com ninguém. Se tivesse ficado sabendo pelo rádio, porque mentiu na entrevista?

Na penúltima volta, sob as mesmas condições de pistas os tempos entre Hamilton e Glock variaram apenas 1 s, sendo que na última volta, Hamilton conseguiu fazer quase 19 s a mais que Glock...

E vamos convir, brasileirismos a parte, todos sabemos que a fórmula 1 é um grande negócio. Milhões de dólares rolam pelos corredores. A categoria perdeu todo o glamour quando foi exposto o caso de espionagem da Mclaren com ex-funcionários da Ferrari. Essa foi possivelmente uma das poucas armações existentes que vieram a público. Depois disso, todos tem margem para desconfiar da idoneidade de todos que participam da categoria.

Sabemos que isso vai terminar assim mesmo. Nunca vamos ter uma resposta definitiva. Nos resta torcer para que no ano que vem a Ferrari seja mais competente e não permita que suspeitas como essa contra a Mclaren possam definir o campeonato, e voltarmos a ter um piloto como campeão da categoria mais importante do automobilismo.

No site português "maisfutebol" encontramos uma entrevista com Glock que ironiza a torcida brasileira, acompanhe a matéria na íntegra:

Timo Glock foi protagonista inesperado da decisão do título mundial de Fórmula 1. O piloto alemão da Toyota foi ultrapassado por Lewis Hamilton na última curva, o que permitiu ao britânico cortar a meta no quinto lugar e sagrar-se campeão do Mundo, quando a Ferrari já festejava a conquista de Felipe Massa, que venceu o Grande Prémio do Brasil. Glock atribui a sua performance no final à decisão de não ter mudado para pneus de chuva e defende que não foi ele quem deu o título a Hamilton.

«Tentei o meu melhor para conseguir alguns pontos para a Toyota. A seis voltas do fim perguntei sobre a situação dos pneus e das condições meteorológicas. Fui sempre dizendo: «Aguento, mais uma volta, mais uma volta.» No fim, aguentei o resto da corrida», conta Glock à BBC.

«Aquela última volta custou-nos a oportunidade de estar entre os cinco primeiros, e acabou por decidir o campeonato. Mas acho que no fim de contas não dei o título ao Lewis. Eles trabalharam para isso todo o ano, e o Felipe também», prossegue o alemão.

Glock não ficou muito bem cotado no Brasil. O Globo conta que, no final do Grande Prémio, houve adeptos que se manifestaram, à passagem pela box da Toyota, perguntando «How much?», quanto receberam. O alemão diz que o importante é que foi um grande final de campeonato: «Foi um final dramático. Acho que é exactamente o que os adeptos querem ver. Talvez os adeptos brasileiros não tenham ficado a gostar de mim, mas dei o meu melhor e fiz a minha corrida. Não posso mudar nada.»

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